quinta-feira, 6 de agosto de 2015

APLV - Alergia a Proteína do Leite de Vaca

APLV - Alergia a Proteína do Leite de Vaca

Recentemente o Miguel foi diagnosticado com APLV, depois de muitas idas e vinda no pediatra, reações de pele, respiratórias e gastro intestinais, finalmente foi fechado o diagnóstico.

A APLV diferente do que muitos pensam não é a mesma coisa que Intolerância a Lactose. Alguns bebês com APLV podem sim consumir a lactose como é o caso do Miguel. A APLV é a alergia a PROTEÍNA do leite, a lactose é um carboidrato.


Miguel não mamou no peito e desde o dia 1 de nascido toma fórmula (leite artificial), além disso, o fato de ter sido prematuro pode ter contribuído também. O intestino dos bebês ao nascer não tem maturidade para fazer a digestão desse tipo de alimento. A fase em que se alimenta do leite materno ajuda o intestino e o sistema imunológico a se preparar para isso.

Infelizmente Miguelzinho não teve essa chance. E desde os primeiros dias de nascido apresentava sinais da alergia na pele. Como os sintomas eram apenas na pele, fazia tratamentos para isso. Sabonetes, shampoos, hidratantes, tentamos de tudo. E os sintomas não passavam.

O segundo sintoma foi respiratório. Uma tosse produtiva alta. Pulmão limpo e tosse o tempo todo. Duagnóstico: alergia. Tratamento: Anti alergicos. Isso foi por volta dos 3 meses.

Logo em seguida apareceram os sinais do refluxo (terceiro sintoma): tosse seca a noite logo após a mamada. A tose era forte, parecia que algo incomodava a garganta dele. Mais uma medicação adicionada: domoperidona

Nada melhorava. Cheguei a suspeitar do leite, mas a pediatra dizia que como ele não tinha sintomas gastro intestinais, não poderia ser alergia ou intolerância.

Marcamos a primeira cirurgia em meio a toda essa confusão. E faltando 10 dias para operar, passagem comprada, hotel reservado ... Otite. Pensem numa tristeza! Adiamos a cirurgia. E nesse meio tempo fomos chamados para fazer o tratamento no Centrinho - Providência Divina!

Miguel foi pra Bauru cheio de medicações, mas fez a cirurgia teve uma excelente recuperação, melhorou do quadro respiratório e da pele, o que reforçou o diagnóstico de alergia respiratória, pois o clima em Bauru é bem menos úmido.

Uma semana depois que chegamos a Belém, o maldito quadro gastro intestinal apareceu. Foram 45 dias de diarréia líquida, e nos dois últimos dias, com raios de sangue. Diante disso, finalmente o leite foi suspenso e passamos para a Soja. Miguel tinha 5 meses.

Os sintomas sumiram por cerca de um mês, e depois retornaram, passamos pro leite Sem lactose, nenhuma melhora.

Até que fomos encaminhados a uma gastropediatra. Que prescreveu um leite com proteina extensamente hidrolisada e com lactose. Miguel melhorou. Retiramos tudo o que tinha leite da alimentação, até a sopa deixou de ser feita com margarina e passou a ser feita com azeite.

A gastro solicitou exames de sangue e fezes, mas todos deram negativo. Os sintomas eram apenas clínicos. A prova dos 9 veio com o "teste de provocação". Tinhamos que misturar uma medida de leite de soja para 4 de leite hidrolisado e aguardar o resultado. Em dois dias todos os sintomas voltaram, e o diagnóstico foi fechado.

Portanto mamães fiquem de olho nos seus bebês. Dermatite, tosse produtiva, refluxo, diarreia com ou sem sangue podem ser sinais de APLV. Na dúvida procure uma gastropediatra. Hoje Miguel está com 9 meses, está bem, ganhando peso, come de tudo e está quase sem sintomas, mas foram 6 meses de tratamentos equivocados até o diagnóstico final. Fiquem de olho!









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